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Índice
4 Breves
5 DIY Physics: Bolhas de Sabão Mágicas
6 Viver em Marte
10 Brilhante Grafeno
12 AI, O que vai ser da Física?
13 O Modelo de Hodgkin-Huxley
15 A Física e a Covid-19
19 Protões Contra o Cancro
22 Desigualdades de Bell para os Alunos Não-Quantizados
24 Entrevista a William Magwood
28 A Origem Evolutiva da Linguagem
30 A Filosofia e a Ciência
31 Deep Learning e Deteção de Ondas Gravitacionais
33 Agenda Científica
34 Jorge Dias de Deus (1941-2021)
Editorial
Ao longo desta edição, preparada por uma equipa que nunca se reuniu presencialmente, convidamos-te a olhar para o
futuro e descobrir como podemos produzir oxigénio em Marte e combustível para regressar a casa usando plasmas; a
compreender a física do grafeno e as suas inúmeras aplicações; os desafios e vantagens da energia de fissão nuclear;
e como os protões ajudam a tratar o cancro. A inteligência artificial permite-nos fazer coisas incríveis, como detectar
ondas gravitacionais, e acreditamos que pode mesmo mudar a forma como fazemos Física.
A Física ajuda-nos a compreender a dinâmica da pandemia de COVID-19 que todos vivemos, o que nos permite construir
modelos robustos e tomar melhores decisões. A propagação de sinais em neurónios ou a origem evolutiva da linguagem
são outros exemplos de fenómenos que um físico curioso pode, talvez até melhor que ningúem, explicar. Através de
uma experiência de pensamento, convidamos-te ainda a entender as desigualdades de Bell — não é preciso saberes
Mecânica Quântica! —, a fazer bolhas de sabão mágicas e a refletir sobre a relação entre a Filosofia e a Ciência.
No dia 1 de fevereiro, recebemos a triste notícia do falecimento do Professor Jorge Dias de Deus. Embora não tenhamos
tido a oportunidade de o conhecer, devemos-lhe muito: desde a possibilidade de escolher o curso que frequentamos,
até, em boa parte, a existência do NFIST. Além do mais, sabemos que foi graças aos seus esforços e de uma geração
de que fez parte que é hoje possível fazer ciência em Portugal. Acreditamos que é importante dar a conhecer, pela
voz de alunos, colegas e amigos, os cientistas portugueses, como JDD, responsáveis pela valorização da investigação
científica e de um ensino superior de qualidade no nosso país, porque lembrá-los é uma forma de não esquecer que só
continuando a investir em ciência é que é possível manter aquilo que lutaram para construir.
Até à próxima,
A Direção da PULSAR